sexta-feira, 28 de maio de 2010

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Rir e Pensar
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Lá passei no exame de Ética... Copiei, claro!
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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Prémio "Jovem Filósofo"

Estão abertas as candidaturas para a primeira edição do Prémio UBI “Jovem Filósofo”. Este prémio, que é uma iniciativa da Comissão do Curso de Licenciatura em Filosofia da Universidade da Beira Interior, destina-se a alunos que frequentam o Ensino Secundário e tem como propósito reconhecer um trabalho de excelência, submetido anonimamente a concurso, sobre um problema filosófico considerado relevante.
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Nesta primeira edição, o tema proposto é o seguinte: “Arte, Conhecimento e Comunicação”.
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O prémio para esta edição será constituído pela publicação do ensaio vencedor, pela apresentação do trabalho na aula da área científica correspondente à questão que vai a concurso, por um fim-de-semana para duas pessoas num estabelecimento da rede “Pousadas da Juventude” e pela atribuição de um Certificado. Está ainda prevista a atribuição de menções honrosas. Consulta o Regulamento do concurso.
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Atreve-te!

quarta-feira, 12 de maio de 2010



Rir e Pensar
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Quando perguntaram a Madame de Staël (escritora francesa, 1766-1817) como explicava que as mulheres bonitas tivessem mais sucesso junto dos homens do que as mulheres inteligentes, ela respondeu:
-- Porque há poucos homens cegos, mas muitos parvos.
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(Dedicado às minhas alunas... e aos alunos!)

Objectivos para o teste
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- Apresentar o problema da fundamentação da moral.
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- Explicar a teoria ética de Kant.
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- Apresentar duas críticas à ética kantiana.
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- Distinguir éticas deontológicas de éticas consequencialistas.
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- Explicar a teoria utilitarista.
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- Apresentar duas críticas ao utilitarismo.
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(Para tudo: apontamentos + manual adoptado, pág. 110-130.)

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Tomar decisões

«Podes dizer-me, por favor, que caminho devo seguir para sair daqui?
Isso depende muito de para onde queres ir - respondeu o gato.
Preocupa-me pouco aonde ir - disse Alice.
Nesse caso, pouco importa o caminho que sigas - replicou o gato.»

(Lewis Carroll, Alice no País das Maravilhas)

segunda-feira, 3 de maio de 2010



Rir e pensar
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As mulheres não vão para o céu (Kant)
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Embora Kant sempre tenha tratado as mulheres com delicadeza e cortesia, o certo é que, nas suas opiniões, deixava por vezes transparecer uma certa misoginia tingida de humor. Assim, gostava de provocar as damas dizendo-lhes que se podia demonstrar, seguindo o texto da Bíblia, que as mulheres não vão para o céu, pois, segundo conta uma passagem do Apocalipse de São João, o céu chegou a ficar em silêncio durante meia hora. Com certeza, gracejava Kant, que teria sido impossível se lá houvesse alguma mulher!

domingo, 2 de maio de 2010


Lectio


«Haverá alguma ideia fundamental subjacente ao imperativo categórico que possamos aceitar, mesmo que não aceitemos a forma particular de Kant a exprimir? Penso que há (…).
(…)
A ideia fundamental está relacionada com o pensamento de que um juízo moral tem que se apoiar em boas razões – se é verdade que devemos (ou não devemos) fazer tal ou tal coisa, então tem de existir uma razão pela qual devemos (ou não devemos) fazê-la. Por exemplo, podemos pensar que não devemos atear fogos florestais porque se destruiriam bens alheios e morreriam pessoas. A inovação kantiana consiste em fazer notar que quaisquer considerações que aceitemos como razões num dado caso, temos também de aceitar como razões noutros casos. Se houver outro caso no qual se destruiriam bens alheios e morreriam pessoas, também neste caso temos de aceitar isso como razão a favor da nossa acção. De nada serve dizer que aceitamos razões algumas vezes, mas não sempre; ou que as outras pessoas devem respeitá-las e nós não. As razões morais, se são mesmo válidas, são vinculativas para todas as pessoas em todos os momentos. Isto é um requisito de consistência; e Kant tinha razão ao pensar que nenhum ser racional o pode negar.

Esta (…) ideia kantiana (…) tem uma série de implicações importantes. Implica que uma pessoa não pode encarar-se como especial de um ponto de vista moral: não pode pensar de forma consistente que tem permissão para agir de determinadas maneiras proibidas aos outros, ou que os seus interesses são mais importantes que os interesses das outras pessoas. Como assinalou um comentador, não posso afirmar que é correcto eu beber [o seu refrigerante] e depois queixar-me quando o leitor bebe o meu. A ideia implica, além disso, que há restrições racionais ao que podemos fazer: podemos querer fazer uma coisa – digamos, [beber o refrigerante] de alguém –, mas reconhecemos que não podemos consistentemente fazê-lo, porque não podemos ao mesmo tempo aceitar a implicação de alguém poder beber o nosso [refrigerante]. Se Kant não foi o primeiro a reconhecer isto, foi o primeiro a transformá-lo na pedra basilar de um sistema moral plenamente desenvolvido. Essa foi a sua grande contribuição.

Mas Kant foi ainda mais longe e afirmou que a consistência requer regras sem excepções. Não é difícil ver como a sua ideia fundamental o impeliu nessa direcção; mas esse passo não era mais necessário e tem desde então causado problemas à sua teoria. Mesmo no seio de uma estrutura kantiana, as regras não precisam de ser encaradas como absolutas. Tudo o que a ideia fundamental de Kant exige é que quando violarmos uma regra o façamos por uma razão que estivéssemos dispostos a ver aceite por todos numa situação idêntica.»

James Rachels, Elementos de Filosofia Moral, trad. port. F.J. Azevedo Gonçalves (Lisboa: Gradiva, 2004) 185-6.
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Quaestio
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“Um professor vai acompanhar uma vintena de alunos na visita a umas grutas. No caminho de regresso, o professor – um homem de cabeça bastante volumosa – fica preso numa passagem estreita, de maneira que as crianças não podem sair. Apenas se o mestre for decapitado, as crianças podem ser libertadas. Caso contrário, morrem."

Q:
Do ponto de vista da ética kantiana, seria correcto sacrificar a vida do professor para salvar as crianças? Porquê?