quinta-feira, 26 de novembro de 2009



As melhores ondas


1.
"Primeira Lei da Filosofia: Para cada filósofo, há um filósofo simétrico.
Segunda Lei da Filosofia: Estão ambos errados"

Quem é que determina que estão ambos errados? Se for um terceiro filósofo, isso quer dizer que não há uma primeira lei da Filosofia.
É possível determinar se estão certos ou errados? Se não for, não há a segunda lei da Filosofia.

Mikael 10.ºA Nº20

2.
Este desenho mostra-nos um homem acorrentado a uma bola de ferro, com pombas lá pousadas. Que relação poderá então ter este desenho com a Filosofia? Vejamos, a partir de este desenho vemos que o homem está acorrentado, de uma maneira filosófica, está preso a dogmas e não está interessado em sair da ignorância, pois está lá há tanto tempo que até as pombas ali pousam. A atitude deste homem é a atitude de um sábio, uma atitude dogmática, em que tem por base dogmas, ou seja, verdades incontestáveis e os sábios são conservadores e sentem receio das novidades, do inesperado, do desconhecido e de tudo que possa desequilibrar as crenças e opiniões já constituídas. Os filósofos são totalmente o contrário. Os filósofos põem em causa tudo, até o que é dado como verdade incontestável e vão sempre até à raiz dos problemas. A filosofia é importante, para ninguém ter a atitude deste homem que está preso à ignorância e que não busca nem a verdade, nem o conhecimento. Julga-se possuidor do necessário. E nunca é demais aprender e ir em busca de novas experiências e novas realidades.

"A VERDADEIRA VIAGEM DE DESCOBRIMENTO NÃO CONSISTE EM PROCURAR NOVAS PAISAGENS, E SIM EM TER NOVOS OLHOS"

Daniela Nº8 10ºC

3.
Na minha lógica, esta imagem possui 3 elementos fulcrais em que cada um possui um significado crucial para a resposta a esta "quaestio".
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A estátua d'O Pensador representa um ser humano em meditação "acorrentado" a um peso que constitui uma representação de preconceitos, ideias feitas. Estas ideias feitas moldam o pensamento do ser humano não permitindo um cogitar de carácter filosófico pois levam a realidade a parâmetros irreais e fictícios tornando os seres humanos incapazes no modo em que se sujeitam a tais circunstâncias interferidas pelos demais, as pombas.
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Fazendo uso de conceitos filosóficos, a especificidade da filosofia é constituída pelas seguintes características: autonomia, radicalidade, universalidade e historicidade.
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A imagem relaciona-se mais intimamente com a autonomia e a radicalidade. A meditação de um ser influenciada por ruídos externos torna um pensamento controlado e não autónomo impedindo a descoberta da origem da razão quando um preconceito responde a uma questão.
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Finalizando a reflexão, se permitirmos que interferências externas nos moldem apenas atingiremos um pensamento carnavalesco, pois apenas a ficção da origem de uma razão será encontrada.

André Ferreira 10ºD nº3
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Disputatio

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Serão o livre-arbítrio e a consciência atributos exclusivos dos seres humanos?
E dos outros animais, não?
E será possível vir a reproduzi-los nos autómatos?
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Ao debate!

sexta-feira, 20 de novembro de 2009


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Filósofos na onda
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«Os filósofos pré-cristãos como os epicuristas especularam acerca do livre-arbítrio. Mas esta questão só se tornou central na filosofia ocidental com a ascensão do cristianismo e nunca foi proeminente em filosofias não ocidentais, que não distinguem os seres humanos tão radicalmente de outros animais. Quando [certos] pensadores (…) ponderam o livre-arbítrio e a consciência, limitam-se quase sempre aos seres humanos, mas porquê presumir que tais atributos são exclusivamente humanos? Ao tomar como adquirida uma diferença categorial entre seres humanos e outros animais, esses racionalistas mostram que o seu ponto de vista do mundo foi formado pela fé.»
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John Gray, A Morte da Utopia e o Regresso das Religiões Apocalípticas, trad. port. Freitas e Silva (Lisboa: Guerra & Paz, 2008) 250-251.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Dia Mundial da Filosofia!

A UNESCO proclama, desde 2005, um dia Mundial para a Filosofia, que este ano se comemora hoje. Os “dias de” são sempre efémeros, artificiosos e podem transmitir a sensação de que, os restantes dias são dias banais, desprovidos daquela atitude, pensamento ou acção, que se comemora naquele dia. Comemorar hoje a Filosofia, numa época ainda carente de um mais alargado pensamento crítico, rigoroso e aprofundado, talvez não seja, ainda assim, má ideia.

O que se pretende é chamar a atenção para a necessidade de se reconhecer o papel antropológico e culturalmente determinante da produção filosófica desde os gregos antigos até aos nossos dias, bem como a premência de tal necessidade, tanto mais que vivemos hoje (mais) uma época de crise. Por outro lado, pretende-se com esta comemoração alertar para a relevância da aprendizagem dos conhecimentos e das competências especificamente filosóficas para a compreensão de si mesmo e do mundo que nos rodeia, aprendizagens estas que devem ser alargadas a um maior número de jovens em todo o mundo.

Hoje, temas como o terrorismo, os direitos humanos, os direitos de grupos étnicos e culturais, a tolerância, a essência da democracia, a justiça, a relação do homem com a natureza, a bioética, a mente humana e a possibilidade da sua replicação em máquinas, entre muitos outros, continuam a dar que pensar.

De facto, diante da tragédia ou do horror, do fracasso e da crise da humanidade há que exercer um pensamento crítico. É, aliás, a tragicidade da vida e o facto de a vida ser uma crise constante, que faz surgir a necessidade de pensar de forma crítica.

A filosofia é, por isso, hoje, mais do que nunca, uma profícua área do saber, com centros de investigação e reflexão em todas as maiores universidades do mundo (até o famoso M.I.T., a maior universidade tecnológica do mundo, tem um departamento de filosofia, no caso, de filosofia da mente!). As principais disciplinas filosóficas são procuradas por estudantes de outras licenciaturas nas grandes universidades americanas, inglesas ou australianas, pois cresce a necessidade de compreender mais profundamente o mundo e a consciência de que só uma abordagem filosófica o permitirá. Até grandes empresas procuram recrutar licenciados em filosofia, dada a crescente necessidade de colaboradores capacitados e treinados para pensar nas melhores soluções comerciais, organizacionais ou estratégicas.

A Filosofia vive, ela própria, as suas próprias crises. As crises da filosofia são as crises da humanidade. Mas, apesar de todas as crises, que a possam colocar em causa, a filosofia é sempre uma necessidade e uma esperança para a humanidade. Como disse o filósofo alemão Karl Jaspers, numa palestra radiofónica em 1950, «filosofar significa estar-a-caminho». Caminhemos, pois!

segunda-feira, 2 de novembro de 2009



Rir e pensar


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Primeira Lei da Filosofia:
Para cada filósofo existe um outro equivalente e oposto.
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Segunda Lei da Filosofia:
Estão ambos errados!